Resenha: O Mago de Camelot

O Mago de Camelot, de Marcelo Hipólito

O Mago de Camelot

Sinopse: De uma infância pobre e sofrida à irresistível ascensão aos salões dos grandes reis; de um começo sem esperanças ao despertar de um poder inigualável e temido, Merlin vem a se tornar o homem mais influente da Idade das Trevas. Confidente supremo do rei Artur e maior conselheiro da corte de Camelot. Misterioso e enigmático. Amado e odiado. Druida, monge e mago.

Na Britânia do Século V da Era Cristã – abandonada pela queda do Império Romano à barbárie dos invasores saxões –, Merlin surge para impor um novo tipo de rei a um povo abatido e desesperado, alterando, para sempre, não apenas o destino dos britânicos, mas de toda a humanidade.

A saga de um homem determinado a erigir uma civilização de paz e justiça numa terra devastada pelo caos e pela guerra irrompe em uma aventura épica e brutal que equilibra realismo duro com doses amargas de magia.


"O druida, então, abriu um sorriso malévolo aos soldados saxões. Hengist gritava às suas tropas para se manterem firmes, mas sua vanguarda ruía à medida que um resoluto Merlin avançava, a passos largos, na sua direção. A defesa saxônica se fragmentava perante o pavor supersticioso imposto pela figura aterrorizante do druida.

Face à derrota iminente, Hengist se desesperou, girando seu machado e galopando para Merlin.

O druida estancou diante do ataque rápido e brutal do rei saxão. Sem tempo para conjurar um feitiço protetor, Merlin percebeu, tardiamente, a estupidez de seu erro. Em sua soberba e imaturidade, ambicionara vencer sozinho a batalha. Agora, contudo, sua queda restauraria o ânimo dos saxões, desgraçando o contingente britânico.

Merlin experimentou o fragor das narinas do cavalo e o tremor do solo sob seus cascos potentes. O machado de Hengist se projetou para lhe separar a cabeça dos ombros".


O Mago de Camelot conta a história de Merlin (e o subtítulo é, inclusive, a saga de Merlin para coroar um dragão) desde a adolescência para coroar um dragão (no caso, o Rei Arthur, é claro).

Eu já tinha lido a sinopse do livro no começo do ano e, como uma boa fã das lendas arturianas, estava extasiada para lê-lo e ao terminar de lê-lo (no começo eu ainda tinha esperança) fiquei extremamente decepcionada. O Marcelo Hipólito tinha uma boa história nas mãos, mas o seu estilo de narração acabou com tudo - pelo menos na minha opinião. Parecia que ele estava contando a história oralmente e isso não ficou legal. Faltou detalhes e eu não consegui entrar de cabeça na história desse livro, eu tentei, mas não consegui.

Mas, de qualquer modo, o livro é sim bom. Gostei bastante do diferencial do Arthur ter vivido com os pobres em sua adolescência e ter sido criado nessa mesma época pelo Merlin ao invés de ter sido criado por famílias nobres, além da personalidade do Merlin ser bem diferente. Em O Mago de Camelot vemos seu lado sombrio, que deseja poder e é temido até por membros da sua ordem (os druidas, do qual o Merlin acaba próprio se excluindo de lá).

Eu gostei do livro, mas ele tinha potêncial para que eu amasse. Ainda tenho esperanças quanto ao Marcelo, então qualquer livro dele que eu ver eu posso comprar.

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